Verás a absurda dor no mórbido semblante de teu rosto,
Como pútrida ferida aberta,
Como a dor e agonia de um nervo exposto.
Veras a vergonha de tua pátria mãe agonizar na rua solitária
e fria.
Observaras tua pele descamar-se ao sol,
E teus pés sangrarem sobre a aridez das pedras.
Teus olhos contemplarão o louco por guia,
O mentiroso por salvador,
E em tua fuga esperada da solidão,
Apagara de tua mente a chama ardente da razão.
autor: Marco Oliveira
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