sexta-feira, 30 de abril de 2021

Nervo exposto




Verás a absurda dor no mórbido semblante de teu rosto,

Como pútrida ferida aberta,

Como a dor e agonia de um nervo exposto.

 

Veras a vergonha de tua pátria mãe agonizar na rua solitária e fria.

Observaras tua pele descamar-se ao sol,

E teus pés sangrarem sobre a aridez das pedras.

 

Teus olhos contemplarão o louco por guia,

O mentiroso por salvador,

E em tua fuga esperada da solidão,

Apagara de tua mente a chama ardente da razão.


autor: Marco Oliveira

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